sábado, 30 de maio de 2009

Bastilha

Estava pensando na exata utilidade de um blog e o que me acrescentaria botar no ar mais um entre tantos, mas cheguei a conclusão de que na verdade não me importo. Escrever sempre foi minha terapia e se posso partilhar com mais pessoas o que passo e penso, melhor. Sai mais barato que um analista, afinal. Acho que essa seria a definição mais adequada para um blog: divã virtual. Muito mais do que um diário, de fato. É um diário com funções mais psicanalíticas. Ou talvez eu só esteja viajando porque ainda são 8:30 da manhã e ninguém normal funciona 100% nesse horário, ao menos num sábado.
Sabe, hoje esse meio tempo na kombi entre minha casa e meu curso de inglês me fez pensar, me fez ter uma longa jornada de autoconhecimento (reforma ortográfica me irrita, sinto que desanprendi a escrever) e de análise da sociedade nesses pequenos 20 min. Percebi que a sociedade não está se tornando impessoal, ela sempre foi. As pessoas não acreditam em amizade, não acreditam na vida em sua forma mais plena, acham que viver se limita a existir e prolongar essa existência quando na verdade adiar a morte não faz o mínimo sentido se não se aproveita a vida. E eu sinto que não aproveito. Não por espontânea vontade, o que me faz sentir ainda mais numa clausura insuportável, e talvez ninguém saiba ou tenha percebido ainda, mas eu sou claustrofóbica. Me deixa sair da caixa e viver? Obrigada.

"'cause it's your life and it's no one else's sweetheart
don't let someone put you in a box"

Nenhum comentário:

Postar um comentário