sábado, 6 de março de 2010

Even in death.

Ok, eu sei que isso é uma música do Evanescence, só pra esclarecer...Mesmo assim, com alguma licença poética eu me apossei do nome para a minha mais nova história. A parte que está me deixando empolgada é: A minha primeira a ser escrita toda em inglês!
Vai ser como quando comecei a escrever histórias, a experiência vai ser quase a mesma: Um grande aprenmdizado. Talvez fique horrorosa, mas não custa tentar.
Não tenho certeza se eu mesma gosto da premissa mas decidi que gostei do jogo de palavra do título. Deixa eu me explicar...O nome da protagonista é Evening (eu sei, exótico, no mínimo xD) e ela morre ao longo da trama e a história é sobre o como o namorado/noivo/soulmate dela (Jaden) convive com a perda para um belo dia começar a conversar com o fantasma dela! Eu sei, não exatamente original mas voltemos para o título que é a parte que eu gosto: Até mesmo na morte...essa é a tradução e ao mesmo tempo quando falado soa como Evening's death, ou seja, A morte de Evening. E mais uma possibilidade: A morte da tarde! Algo como "a tarde está morrendo", "o anoitecer".
Essa é a parte que estou me orgulhando além da personalidade forte dos protagonistas. Vou disponibilizar toda a história na internet provavelmente no fanfiction.net e talvez, dependendo do feedback eu faça uma versão em português. Enquanto a história não sai vou continuar fazendo vídeos sobre ela (sim, eu já comecei!) e quem sabe até mesmo trabalhar mais nesses vídeos pra que eles venham a se tornar promo dos capítulos conforme eu for postando.
AAAAH VOU ESCREVER EM INGLÊS!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Último tudo

É de conhecimento geral que Rei Arthur inspirava amor no coração de cada subordinado durante seu famoso reinado. Mas uma parte da história ficou de lado, desconhecida pelas gerações posteriores, a história do como o rei inspirou amor no coração de uma jovem, e partilhou de sua cama. Não Guinevere, e nem Morgana. Apenas uma jovem amante que ficara esquecida por tanto tempo, ignorada pelos trovadores que estavam ocupados demais narrando façanhas dos cavaleiros ou então a traição de Guinevere e Lancelot. Coisa mais importante do que aquela insignificante criatura que por tão pouco tempo teve a atenção do rei.

Ela era bonita, na verdade quando chegou à corte fora disputada entre os mais ilustres cavaleiros de Arthur, sua beleza apenas não ultrapassava a da rainha, isso era inquestionável: Guinevere sempre seria a mais bela.

Mas de seus atributos mais incríveis não fora a beleza que chamou a atenção do rei, afinal. Foi sua inteligência. Era culta, e podia falar de qualquer assunto de maneira articulada, de um modo que Guinevere jamais seria capaz de fazer. Mas, de fato, sua inteligência não era páreo para a de Morgana, nem nunca seria.

O crescente que carregava na testa entregava suas origens: Era mais uma das filhas de Avalon. Morgana a mandou à corte para uma missão: Lembrar Arthur de suas raízes, lembrar a ele o dever que tinha para com Avalon. E a Senhora de Avalon tinha certeza de que escolheu a jovem certa para isso. Conhecendo o irmão, ela sabia o tipo de qualidades que o atrairiam. Uma armadilha de urso sofisticada.

Ciara era claramente uma espécie de intermediário entre Morgana e Gwen. Tinha o que faltava a ambas. A beleza que faltava na Grã-sacerdotisa e a inteligência que certamente faltava na rainha. Ainda assim não se comparava a nenhuma das duas em suas qualidades.

Mas o que tinha foi o bastante para atrair o interesse de Arthur, e não demorou muito para que se tornassem amantes. Ela era a síntese do que ele mais admirava nas duas mulheres mais importantes da sua vida, e ele simplesmente não pôde resistir a isso. O plano de Morgana ia bem, e Ciara sentia orgulho do que fazia em nome de Avalon, até o momento em que se descobriu irremediavelmente apaixonada pelo rei.

Certa vez, na cama do rei, ela acariciou o cabelo dourado de Arthur e perguntou:

- O que houve com você? Por que você deixou Avalon pra trás?

Ele confuso, levantou a cabeça do colo da amante para olhá-la:

- Nunca deixei Avalon pra trás.

-Você deixou no exato momento que levantou a bandeira da Virgem. Aquilo significou pra nós uma traição. Você nos abandonou, sua própria família...

Arthur levou uma mão ao rosto alvo de Ciara. Ele pôde notar as lágrimas nos olhos dela embora sua voz soasse firme e perfeitamente clara.

- Eu boto meu povo em primeiro lugar. Antes de tudo. E dei a eles o que queriam... – foi a resposta dele, que não pareceu a satisfazer. – Tal como você põe Avalon em primeiro lugar, e é uma das coisas que eu mais amo em você...

- É uma das coisas que mais ama em Morgana. – Ela o corrigiu. E se ele não tivesse visto com os próprios olhos as lágrimas rolando pelo rosto dela ele não teria notado sua tristeza, pois sua voz parecia ainda mais inabalável do que antes. – Sabe...eu te amo. Como nunca tinha amado ninguém...E pra mim, você vem acima de tudo, exceto da própria Deusa e meu dever para com ela. Eu só...queira que você se sentisse da mesma forma. Sobre mim e sobre a Deusa.

- Eu me sin...

Ele começou mas nunca terminou pois ela o interroumpeu pesarosa:

- Você não é um filho de Avalon. Não como eu sou. Já foi mas não é mais. Não a partir do momento que renegou a própria Mãe...

Arthur se levantou então encarando a figura de Ciara sentada encolhida na cama, abraçada aos próprios joelhos:

- Por que afinal Morgana te mandou aqui?

Ele não era idiota, ele sabia o tempo todo, é claro. Então por que deixou a coisa ir até esse ponto? Até que o coração dela doesse e sangrasse ao ver o homem que mais amava deixar tudo aquilo que ela mais amava cair em desgraça.

- Para concluir o que ela própria não concluiu.- Ciara disse, sua voz agora estremeceu. – Mas foi em vão. Porque você não ama ninguém mais do que a ama. E se ela não conseguiu...que chances tinha eu?

Agora seu choro era desenfreado e ela sentiu os braços de Arthur trazê-la para seu peito e pressiona-la contra ele:

- Eu te amo. – ele disse com incerteza em sua voz e então pigarreou. – Eu amo. –agora havia convicção , ela pôde notar. – Mas queria ter te amado do mesmo jeito que você me ama, então...tudo seria mais fácil.

-Eu sei. – ela disse, por fim. –Eu sei.

Sua voz era apenas um pequeno sussurro abafado pelo corpo dele, mas ela sabia que ele podia ouvir - ou pelo menos sentir- sua resposta.

Ela deixou os aposentos do rei não muito depois disso. Perturbada e com o coração partido. Ela não esperava ter se apaixonado assim. Não esperava tê-lo amado de tantas maneiras diferentes: como rei, amigo e homem. O rei teria sua admiração para sempre, mas era o homem em Arthur o que ela mais amava. E ela sabia que ao menos por alguns instantes ele a amou também. Ela não seria eterna como a Rainha ou inesquecível como Morgana ,mas ele a tinha amado. Mal esse pensamento lhe passou pela cabeça quando trombou com Morgana nos corredores do castelo.

- Senhora. – ela cumprimentou com um leve e respeitoso aceno de cabeça.

A verdade é que Ciara nem ao menos conseguia odiá-la, odiá-la por dar a ela aquela maldita missão ou odiá-la por ser o amor verdadeiro de Arthur. Ao contrário, ela só conseguia pensar em Morgana com doçura e enlevo. Isso a fez odiar a si mesma.

- Onde está indo? – Morgana a indagou. Provavelmente tendo notado sua pressa em sair do castelo.

-Eu sinto muito, Senhora.- Ciara começou. – Mas não posso fazê-lo...

Ela viu Morgana abrir a boca para retorquir mas ela não lhe deu a chance:

- Não há nada no mundo que eu ame mais do que servir aos propósitos da Deusa. Mas simplesmente não é pra ser...Essa missão não é minha. Eu o amo mas isso não é o bastante. Não é a mim que ele quer. Não estou desistindo, estou abrindo meus olhos. – e ela apontou o dedo para Morgana. – Só você podia tê-lo feito. É tarde demais.

-Muito bem então. – Morgana disse simplesmente, para a surpresa de Ciara que esperava duras palavras. – Você está certa, criança. Sinto muito ter exigido isso de você. Você é uma grande sacerdotisa...e a Deusa sabe disso. –acrescentou.

A afirmação fez o coração de Ciara bater mais rápido, não havia coisa que ela quisesse ouvir mais do que isso, não havia elogio mais gratificante, não para ela. E vindo de Morgana fazia soar ainda melhor.

-É tudo que sempre quis.

Morgana sorriu e acenou a cabeça positivamente:

- Pra onde você vai agora?

-Bem, você sabe, dizem que nosso lar é onde nosso coração está. E bem, grande parte do meu ainda está em Avalon e sempre vai estar...

- E o resto dele? – Morgana perguntou mas ela já sabia a resposta.

- Sempre vai estar com Arthur.

Em seus últimos momentos em Camelot, Ciara ergueu a cabeça para encontrar a figura de Arthur sobre um balcão. Ao ver que o olhar dele estava sobre ela, lhe sorriu amavelmente e lhe prestou uma mesura. Foi sua primeira reverência a ele, e também sua última. Foi a primeira vez que deixava um amor pra trás e também a última vez que o veria em vida.

Anos mais tarde, quando Morgana trouxe o corpo morto de Arthur para a Ilha Sagrada, Ciara tinha um lar de novo. E seu coração voltou a estar inteiro.

Inteiramente em Avalon.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Not good enough.












E se eu me tornar aquela pessoa que tenta agradar todo mundo e descobre, por fim, que não agradou nem a si mesma? O que dirá aos outros...
Aquela que não é bonita o bastante, inteligente o bastante, engraçada o bastante...
Boa o bastante.
O tipo de pessoa que vive pra tentar alcançar esses objetivos e por sua vez esquece de viver.
Ingênua o suficiente pra viver só de sonhos, mas, não forte o bastante pra realizá-los.
Aquela que olha ao redor e não vê mais ninguém,
Aquela que olha no espelho e nada vê.
Alguém que se convence que é nada por tempo o bastante de se tornar tudo em seu egocentrismo.
Uma pessoa ocupada demais com problemas invisíveis pra notar que a felicidade estava bem ali, o tempo todo, esperando ser encontrada.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Construindo personagens

Estou escrevendo uma nova história...
Bem, na verdade eu inventei dois novos personagens pra uma nova história mas não tenho nada em mente ainda além das personalidades, dos nomes e das características físicas deles.
Nem sobrenome eu tenho pra eles ainda.
Vou construindo aos poucos eles e postando no blog e pode ser que eu acabe criando um espaço para eles, um contexto, uma história de fato.
Mas por enquanto não tenho muito em mãos.
Só dois pequenos textos que chamei de Jaden por April e April por Jaden. A propósito esses são seus nomes. Jaden e April.
Em breve postarei mais a respeito, vou fazer um suspense para os grilos que lêem o blog. xD

sábado, 17 de outubro de 2009

O pão.

"O pão que sobra a nobreza, partido pela razão, alimentava os pobres e ainda sobrava pão."



Dedico esse post a Tomé de Jesus Novo. Português, pai, avô e poeta.
Saudades.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Felicidade plena não existe, é um estado de espírito momentâneo, mas devo dizer que meus momentos de felicidade superam os de tristeza. Bola pra frente, sempre. Quem vive em movimento retógrado simplesmente não vive.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Citações e breves devaneios

Talvez não tão breves assim, vai depender da minha capacidade de articular bem o que estou pensando as 2:34...Então não se pode esperar nada coeso, apenas inspirado por esse momento de quase-vigília. A primeira coisa que eu gostaria de citar é Neil Gaiman (vou citar ele o post inteiro, na verdade) porque achei algo muito interessante em Sandman que me lembrou algumas coisas similares que estou estudando no momento.


"Cumpri o meu papel mais do que adequadamente por dez bilhões de anos. Uma moeda de dois lados: destruição é necessária. Nada novo pode existir sem a destruição do velho."

O trecho acima é uma fala do personagem Destruição na HQ Sandman. Na obra de Gaiman, Destruição - assim como seus irmãos, os Perpétuos - é uma figura antropomórfica, uma personificação do arquétipo de "destruição". A proposta da graphic novel já é genial, na minha opinião, mas por trás de toda essa idéia criativa ainda há uma grande...bagagem cultural, eu diria.

Indo direto ao ponto, este trecho me lembrou de Sobre a modernidade de Baudelaire, onde ele aponta a ambiguidade do progresso, que por um lado traz destruição, mas que para ir para frente é preciso destruir o velho para criar o novo a partir de suas ruínas. Ou seja, o ser moderno é viver uma vida de paradoxo e contradição. Pois o progresso traz o desejo de mudança e transformação, para tal é preciso desconstruir e reconstruir e com isso vem o medo e o terror da desorientação, que não anula de forma alguma o desejo de mudança, os dois apenas coexistem.

Outra citação que me veio a cabeça assim que li essa fala de Destruição foi uma de Marx: "(...)Em nossos dias tudo parece estar impregnado do seu contrário." Que aliás, além de Gaiman ilustrar muito bem pra mim uma citação como essa com a fala de Destruição, é também possível perceber semelhanças entre a própria história em torno do personagem, afinal ele deixou seu posto entre os Perpétuos há séculos, desistindo da sua função, e ironicamente passa/ou o resto de sua existência construindo. Uma ironia sutil do autor.

Talvez Gaiman não estivesse pensando em nada disso quando escreveu mas de qualquer jeito registro aqui o como uma obra interessante como Sandman pode trazer a tona questões como essa.

Ah, agora são 3:04. Vou visitar Morpheus no reino do Sonhar.