domingo, 31 de maio de 2009

breathtaking

Como descrever a sensação de estar a pouquíssimos metros e sob o mesmo teto da sua banda favorita? São quase 4 anos que eu conheço mcfly, e foi amor ao primeiro acorde, eu diria. Eu absolutamente adorava o como eles misturavam o retrô com o atual, como eu costumava classificar "uma fusão de blink com beatles"...vale salientar que eu falei isso antes mesmo de sequer ter ouvido falar no filme Just My Luck, onde Chris Pine faz a mesma afirmação. Nem tudo era flores, como ninguém conhecia mcfly - constantemente confundidos com promoção do mcdonald's ou algum mc do funk carioca- não dava pra ter a mínima pretensão de esperar um show deles por aqui. Ou pelo menos assim eu pensava. Após uma divulgação intensiva - sempre disse que fãs de mcfly são os mais dedicados- bem aos poucos foi se falando deles na tv brasileira...em revistas, algumas músicas tocando nas rádios, mas foi um processo bem lento e não parecia surtir o efeito desejado. Mas então eles viraram febre, de uma maneira inesperada e repentina, claro, graças a divulgação árdua dos fãs. E a primeira estadia deles no Brasil (no Rio, 10/10/2008) lotou as casas de show e foi sem dúvida, o melhor show da minha vida. Porque foi o primeiro de mcfly que eu fui, na minha cidade natal (não precisei me deslocar), foi com a minha melhor amiga e foi tudo inacreditavelmente lindo. Exceto as idas ao aeroporto que muito me frustraram mas que não vem ao caso. Estou chegando onde quero chegar...ontem, dia 30/05/2009, aconteceu o segundo show deles no Rio, eu fiquei tão perto dessa vez que quase perdi o ar - e não só porque tava um calor humano desgraçado e não tinha nem espaço pra respirar - mas porque meu coração disparou e meus olhos se encheram de lágrima toda santa vez que um dos meninos vinha pro cantinho onde eu estava. Sabe borboletas no estômago, brilho nos olhos, fraqueza nas pernas e tudo aquilo que se sente quando se está apaixonada? Foi basicamente isso que eu senti. Minha paixão por eles se renova a cada vez que os ouço - seja em shows, entrevistas, no rádio ou no meu mp4, onde 80% das músicas são deles. Apesar de tudo isso, e de ter ido com uma grande amiga -que conheço há mais da metade da minha vida - e a amiga dela - uma garota super legal- apesar de todos esses fatores maravilhosos, eu notei um desânimo SURREAL naquela platéia. Não se cantava, não se pulava, só se sabia tirar a roupa e tentar chamar atenção. Desculpa, mas pra mim isso não é curtir um show. Isso me incomodou um pouco porque muitos fãs de verdade não conseguiram comprar o ingresso a tempo e aquelas pessoas aleatórias estavam lá, ocupando o lugar de quem merecia, de fato, estar lá. Mas tentei não me incomodar. McFly sempre faz bem ao meu ânimo, não importa o que aconteça. E eu saí do show com um sorriso de orelha a orelha, invejando totalmente o baixo azul brilhante do poynter, lembrando daquela voz de PATOLINO que ele fazia, e do carisma deles, e de cada música, cada sorriso , cada gesto...
BREATHTAKING

sábado, 30 de maio de 2009

Bastilha

Estava pensando na exata utilidade de um blog e o que me acrescentaria botar no ar mais um entre tantos, mas cheguei a conclusão de que na verdade não me importo. Escrever sempre foi minha terapia e se posso partilhar com mais pessoas o que passo e penso, melhor. Sai mais barato que um analista, afinal. Acho que essa seria a definição mais adequada para um blog: divã virtual. Muito mais do que um diário, de fato. É um diário com funções mais psicanalíticas. Ou talvez eu só esteja viajando porque ainda são 8:30 da manhã e ninguém normal funciona 100% nesse horário, ao menos num sábado.
Sabe, hoje esse meio tempo na kombi entre minha casa e meu curso de inglês me fez pensar, me fez ter uma longa jornada de autoconhecimento (reforma ortográfica me irrita, sinto que desanprendi a escrever) e de análise da sociedade nesses pequenos 20 min. Percebi que a sociedade não está se tornando impessoal, ela sempre foi. As pessoas não acreditam em amizade, não acreditam na vida em sua forma mais plena, acham que viver se limita a existir e prolongar essa existência quando na verdade adiar a morte não faz o mínimo sentido se não se aproveita a vida. E eu sinto que não aproveito. Não por espontânea vontade, o que me faz sentir ainda mais numa clausura insuportável, e talvez ninguém saiba ou tenha percebido ainda, mas eu sou claustrofóbica. Me deixa sair da caixa e viver? Obrigada.

"'cause it's your life and it's no one else's sweetheart
don't let someone put you in a box"